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Corinthians 0 - 2 Palmeiras – Brasileirão 2020

11/09/2020 | Por Daniel Grandesso

Foto por - (Ettore Chiereguini / AGIF)

Deixemos de lado as insuperáveis divergências que habitam a torcida do Palmeiras. Gostem ou não do treinador, do presidente, ou de determinados – ou de todos – jogadores, o Palmeiras foi hoje o que todo mundo quer ver, sem exceção.

Um time conciso, coerente, com um plano de jogo claro e bem executado, extremamente bem pensado pro adversário do dia.

Você mais descontente com o treinador vai dizer que, antes do penalti e da expulsão do carniceiro LD do Gambá, o jogo estava 0x0. Verdade. Mas não menos verdade é que o Palmeiras estava bem postado, deixando a bola com o Gambá pra explorar os contra-ataques e, não fosse um rebote de escanteio que o Otero entortou o travessão, teria sido o único time a atacar com perigo no primeiro tempo inteiro.

E foi numa das tantas arrancadas que, num rebote do Cassio, Lucas Lima mandou pro gol e o filho da Gretchen mandou a mão na bola, com inegável intenção.

Coitado do Vuaden, não teve como escapar do penalti e expulsão. Se divulgassem o áudio do VAR certeza que ouviríamos um:

– bah, mas não dá pra arrumar nenhum defeitinho, guri??? Amanhã vai ter resenha braba na comissão de arbitragem, tchê!

É, não teve jeito. E o LA não perdoou, mandou o queixo do Cassio prum lado, bola pro outro. 1×0 justíssimo.

Veio o segundo tempo e o Palmeiras simplesmente não sofreu. O Luxa seguiu a rotina de trocar 5 jogadores e, com 5 minutos em campo, cruzamento perfeito do Lucas Lima no contra-ataque, pro Bigode, da esquerda, achar o Veron no meio da área, que só desviou e trancou o placar do jogo. De novo, gol dos reservas decidindo o jogo, dedo do técnico.

Ainda deu tempo do Avelar ser expulso, pelo segundo amarelo, e aí o Palmeiras só fez o relógio andar, tranquilo, tocando bola no ataque até o apito final.

Fechada a rodada, o Palmeiras está em 4°, com um jogo a menos, um ponto perdido a mais que o líder, não fosse o acidente do excelente Weverton em Salvador, senão teríamos um ponto perdido a menos.

Vencendo o jogo contra o Vasco o Palmeiras assume a vice-lidernaça do campeonato.

Não que seja simples e, mesmo que não aconteça, o fato é que o Palmeiras, jogando bem ou mal, a depender do nível de exigência, está onde deveria, ali no G4, disputando o título. Campeão estadual e líder na Libertadores.

Quando eu escrevi aqui, que era hora de acreditar no pojeto, quase fui cancelado da torcida do Palmeiras nas redes sociais. Um caminhão de gente discordou, resmungou, ofendeu, não entendeu.

Mas a verdade, palmeirense, é que goste você ou não, o treinador do Palmeiras é Vanderley Luxemburgo. Goste você do Heinze, do Ramirez ou quem quer que seja o falador de castelhano que você acha que deveria ser o DT do Verdão, ponha na sua cabeça, de uma vez por todas: o Vanderley não vai ser demitido só porque você fica esbravejando nas redes sociais, meu consagrado…

Desde que chegou, o Luxemburgo recebeu míseros 03 (três – TRÊS) reforços (VH, Vina e Rony) e foi passada a letra: use a base.

E ele está seguindo à risca. Patrik, Menino, Wesley, Veron estão entrando como titulares ou reservas e estão desempenhando. Há outros tantos promovidos ao profissional e com semelhante potencial – Esteves, Henri, Danilo, Gabriel Silva etc.

Não bastasse, o Luxa perdeu a estrela do time, a referência, o carregador de piano dos últimos 2 anos, e desde então está tentando achar uma formação ideal. Hoje, por exemplo, foi uma das raras vezes em que ele pôde repetir a escalação que venceu o Bragantino. E deu certo.

Num dos anos mais atípicos de todos os tempos, com uma paralisação de nada menos do que – sem precedentes – 90 dias, bem no meio da temporada.

Ponha tudo isso na balança e, ranços e preferências à parte, responda, honestamente, se é justa tanta cobrança assim pela cabeça do treinador?

Me chamem de resultadista, de conformado, de passa-pano, chamem do que quiserem. Aqui nessa página, Vanderley, Felipão, Marcos e Evair SEMPRE serão tratados com o merecido respeito, ainda que eu discorde das escolhas, do desempenho e dos resultados.

Torcerei ferrenhamente para que essas duas vitórias sejam a pedra fundamental de uma nova fase do Verdão, que as vitórias venham com facilidade, que os tropeços não ocorram mais e que essa torcida consiga deixar o técnico trabalhar em paz.

Respeita o Pofexô, Kralho!!

E CHUPA GAMBÁ!!

AVANTI PALESTRA!

AUTOR

Daniel Grandesso

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